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Combate à Sonolência Diurna Excessiva: Desvendando suas Causas e Soluções

Atualizado: 1 de out. de 2023


Em meio à agitação da vida moderna, todos enfrentamos dias em que lutar contra o sono parece uma batalha perdida.


Seja devido a uma noite mal dormida, um despertar precoce ou simplesmente a falta da dose matinal de cafeína, há momentos em que a sonolência diurna excessiva nos atinge implacavelmente, nos deixando ansiando pelo conforto da cama até o final do dia.


A sonolência diurna excessiva (SDE), também conhecida como hipersonia, é um sintoma comum relatado por pessoas que sofrem de distúrbios do sono.


Este incômodo afeta cerca de 20% da população e, para muitos, é mais do que apenas um desconforto; pode ser uma condição debilitante que impacta suas atividades diárias e, até mesmo, aumenta o risco de acidentes de trânsito e lesões relacionadas ao trabalho.


Neste artigo, mergulharemos fundo no tópico da sonolência diurna excessiva, abordando o que é, quais distúrbios do sono podem desencadeá-la e, fundamentalmente, como pode ser diagnosticada e tratada.


Desvendando a Sonolência Diurna Excessiva


Tecnicamente, a sonolência diurna excessiva (SDE) não é um distúrbio em si, mas sim um sintoma que pode estar associado a uma série de distúrbios do sono distintos.


Acredita-se que esse sintoma afete até 20% da população a ponto de interferir no trabalho, na educação e nas atividades diárias.


Este é o sintoma mais comumente relatado por pacientes que buscam avaliação em clínicas de sono para diagnosticar distúrbios do sono.


É mais prevalente em adultos jovens, idosos e trabalhadores em turnos irregulares.


No entanto, determinar sua verdadeira prevalência é uma tarefa complexa.


A natureza subjetiva do sintoma e a falta de consenso entre os profissionais de saúde quanto a métodos de avaliação e diagnóstico tornam essa tarefa desafiadora.


Embora os termos usados para descrever essa condição possam variar, todos convergem para um problema comum: sonolência durante o dia que interfere nas atividades diárias.


Sintomas da Sonolência Diurna Excessiva


O sintoma principal da hipersonia é a sensação crônica de sonolência, que persiste independentemente de um bom descanso noturno.


Pessoas que sofrem de SDE enfrentam uma fadiga constante e avassaladora durante a maior parte do dia, mesmo que tenham tido uma noite adequada de sono.


Outros sintomas associados à SDE incluem:


- Dificuldade em acordar de manhã.


- Falta geral de energia durante o dia.


- Cochilos em momentos inadequados.


- Persistência da sonolência após um cochilo.


- Ansiedade ou irritabilidade.


- Dificuldade de concentração e foco.


- Lapsos de atenção.


- Mudanças no apetite.


- Baixo desempenho no trabalho ou na escola.


É crucial distinguir entre a sonolência diurna excessiva e a fadiga.


A fadiga decorre de esforço físico ou mental intenso, doença ou outras causas, enquanto a sonolência diurna pode ocorrer mesmo após um período adequado de sono.


A SDE, portanto, é uma questão mais desafiadora, já que pode persistir mesmo quando o descanso é obtido regularmente, tornando-se, em alguns casos, mais perigosa do que a fadiga.


Estudos realizados pelo National Transportation Safety Board apontam que mais de 50% das colisões de veículos pesados estão relacionadas à fadiga, com mais de 17% envolvendo motoristas adormecidos ao volante.


A SDE também está associada a menor desempenho acadêmico, afetando o progresso escolar dos adolescentes e prejudicando o rendimento no trabalho, o que pode impactar negativamente a estabilidade profissional.


Causas da Sonolência Diurna Excessiva


A SDE não é uma condição isolada, mas sim um sintoma que pode resultar de diversos distúrbios comuns do sono.


Os três principais distúrbios nos quais a SDE é um sintoma frequente incluem:


Apneia Obstrutiva do Sono (AOS): Esta é uma das condições mais prevalentes, afetando mais de 20 milhões de adultos no Brasil.


Caracterizada por paradas recorrentes na respiração durante o sono, a AOS resulta de obstruções nas vias aéreas superiores.


A frequência dessas interrupções pode prejudicar significativamente a qualidade do sono e desencadear SDE.


Narcolepsia: Um distúrbio raro que afeta cerca de 1 em 2.000 pessoas, a narcolepsia é uma condição neurológica crônica que interfere no controle do ciclo sono-vigília.


As pessoas com narcolepsia entram rapidamente no sono REM após adormecerem e podem vivenciar episódios involuntários de sono REM durante o dia.


A SDE é um sintoma comum da narcolepsia, acompanhada, às vezes, por cataplexia, paralisia do sono e alucinações.


Síndrome das Pernas Inquietas (SPI): Este é outro distúrbio neurológico em que a SDE pode surgir como resultado de uma sensação desconfortável ou dolorosa nas pernas.


Os sintomas geralmente pioram à noite, dificultando o adormecimento e contribuindo para a SDE.


Além desses distúrbios do sono, outros fatores podem desencadear a SDE.


A privação de sono, uso de certos medicamentos e diversas condições médicas e psiquiátricas também desempenham um papel.


A privação de sono é uma causa comum de SDE, muitas vezes resultado de escolhas deliberadas, como ficar acordado até tarde para assistir a um filme ou preparar uma apresentação.


Mesmo uma leve restrição de sono pode levar à SDE, como evidenciado por estudos que demonstram o comprometimento das funções neurobiológicas em adultos saudáveis após apenas seis horas de sono por noite durante 14 dias consecutivos.


A SDE também pode ser um efeito colateral de medicamentos que afetam o sistema nervoso central, como anticonvulsivantes, antidepressivos, antipsicóticos e relaxantes musculares, entre outros.


Condições médicas, como traumatismo craniano, doenças inflamatórias, acidente vascular cerebral e doenças neurodegenerativas, podem contribuir para a SDE.


Além disso, distúrbios psiquiátricos, como a depressão, distúrbios do ritmo circadiano e distúrbios periódicos dos movimentos dos membros, também podem estar associados à SDE.


Diagnóstico da Sonolência Diurna Excessiva


Se você estiver preocupado com a SDE e seus impactos em sua vida diária, é fundamental consultar um médico.


Ele realizará um exame clínico abrangente, coletará informações sobre seu histórico médico e revisará seus sintomas.


Além disso, seu médico pode utilizar uma ferramenta chamada "Escala de Sonolência de Epworth" para avaliar a gravidade da SDE com base em suas respostas a uma série de perguntas sobre a probabilidade de adormecer durante atividades específicas.


Essa escala, que varia de 0 a 3, ajuda a quantificar a gravidade da sonolência.


Seu médico também pode realizar avaliações adicionais, como o Teste de Latência Múltipla do Sono (MSLT) e o Teste de Manutenção da Vigília (MWT), que medem o tempo que você leva para adormecer em situações específicas.


Opções de Tratamento para Sonolência Diurna Excessiva


O tratamento da SDE depende da causa subjacente.


Quando a SDE é associada a distúrbios do sono, como a apneia obstrutiva do sono, narcolepsia ou síndrome das pernas inquietas, o foco principal é tratar o distúrbio subjacente.


Abaixo, você encontrará um resumo das opções de tratamento para essas condições:


Apneia Obstrutiva do Sono (AOS):

O tratamento mais comum para a AOS é o uso de uma máquina de pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP).


Esse dispositivo consiste em uma máscara que fornece ar pressurizado para manter as vias aéreas abertas durante o sono.


Dispositivos orais que mantêm a língua ou a mandíbula em uma posição específica também podem ajudar.


Em casos mais desafiadores, o tratamento com modafinil pode ser considerado.


Narcolepsia:

As opções de tratamento incluem modafinil, estimulantes, antidepressivos, oxibato de sódio e mudanças no estilo de vida.


O modafinil é um estimulante do sistema nervoso central com menos efeitos colaterais que as anfetaminas.


Antidepressivos podem ser prescritos para controlar a cataplexia, um sintoma comum da narcolepsia.


O oxibato de sódio também é eficaz em alguns casos.


Síndrome das Pernas Inquietas (SPI):

Se a SPI for secundária a outra condição médica, como doença de Parkinson, deficiência de ferro, diabetes ou problemas renais, o tratamento dessas condições pode melhorar a SDE.


Além disso, o uso de sedativos para promover o sono, narcóticos para aliviar a dor, anti-inflamatórios e a melhoria dos hábitos de sono podem ser considerados.


Se a SDE não estiver relacionada a um distúrbio do sono específico, o tratamento pode ser mais desafiador.


Nesses casos, ajustes no estilo de vida, como melhorar a higiene do sono, manter horários regulares de sono e tratar condições psiquiátricas subjacentes, podem ser benéficos.


A higiene do sono envolve a adoção de práticas e hábitos que favorecem a qualidade do sono noturno e o estado de alerta durante o dia.


Siga estas dicas para melhorar sua higiene do sono:


- Mantenha horários regulares de dormir e acordar.


- Pratique exercícios, evitando atividades extenuantes antes de dormir.


- Limite cochilos diurnos a até 30 minutos.

- Evite estimulantes como cafeína e nicotina algumas horas antes de dormir.


- Exponha-se à luz natural durante o dia para regular seu ritmo circadiano.


- Evite alimentos pesados e condimentados antes de dormir.


- Mantenha seu quarto escuro, silencioso e fresco.


- Use seu quarto apenas para dormir e atividades íntimas.


No entanto, quando a SDE é complexa e não relacionada a um distúrbio do sono claro, pode ser necessária uma abordagem multidisciplinar que envolva médicos especializados, psicólogos ou outros profissionais de saúde.


Conclusão


A sonolência diurna excessiva é mais do que apenas um cansaço ocasional; é um sintoma que pode indicar problemas subjacentes de saúde.


Identificar a causa da SDE é fundamental para direcionar o tratamento adequado.


Se você está enfrentando uma sonolência diurna crônica que interfere em sua qualidade de vida, consulte um médico.


Através de avaliações clínicas e, se necessário, testes especializados, é possível encontrar a causa e buscar as soluções adequadas para garantir noites de sono restauradoras e dias mais energéticos.


Isenção de responsabilidade:

As informações apresentadas neste artigo são apenas para fins informativos e não substituem o aconselhamento médico profissional.


Sempre consulte um médico qualificado para obter orientação adequada em relação à sua saúde.

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